A mitologia grega, assim como de outros povos, busca expressar através de suas histórias princípios e problemáticas da vida humana. É espantoso como podem se mostrar contemporâneas tais lições e ao mesmo tempo como muito se perdeu da admiração à tão rica cultura. Conta-se a história do filósofo Diógenes de Sínope (de quem Alexandre Magno teria dito “se não fosse Alexandre, queria ser Diógenes”) que ele saia em plena luz do dia pelas ruas da cidade com uma lanterna na mão, procurando por homens verdadeiros.
Homens verdadeiros, auto-suficientes e virtuosos. Uma escritora adventista norte-americana, Ellen White, também escreveu: "A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus." Se preferir, troque “pecado” por “maldade” em sua leitura.
Há momentos em que também sinto essa falta de homens de valor, sinceros, corretos, que não vendam sua fidelidade. A verdade é que comecei amizade com centenas de pessoas durante a vida, porém a maioria é tão fugaz como uma estrela cadente, e muitas vezes infelizmente por falta de lealdade. Raras são as amizades em que mesmo com pouco contato, pode-se confiar e saber o que esperar. Raríssimas são aquelas em que a abnegação pelo bem do outro é praticada.
“Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência para durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-Barro(...)
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece um lugar para dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem,
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.”
(canção de Zélia Duncan)
e com paciência para durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-Barro(...)
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece um lugar para dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem,
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.”
(canção de Zélia Duncan)